Todos reconhecem seu barulho incomparável quando o ouvem. A grande maioria das igrejas tem um, se não vários. Estamos falando dos sinos. A sua principal função é de comunicar. Antes da popularização dos relógios, os sinos da Igreja costumavam informar o público sobre as horas, desempenhando um papel social no processo.
A Igreja de Nossa Senhora da Conceição tem dois sinos em sua torre.
| Sino menor da Igreja Matriz - n.º 725 |
O sino menor tem gravado as inscrições “Homenagem de Tácito Varela e família | Paróquia Nossa Senhora da Conceição – Lages/RN | n.º 725 | Fabricação: Irmãos Bellini” e datado de 8 de dezembro de 1958, possivelmente a data de sua fabricação e entrega a referida paróquia. O sino maior consta gravado “Homenagem de Tácito Varela | n.º 724”, possivelmente fabricado e entregue na mesma data citada acima.
Como resultado, podemos deduzir destas referências que um dos sinos foi dado de presente para comemorar os 37 anos de fundação da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Lajes. Na época, o pároco que estava à frente da paróquia era o Pe. Mons. Vicente de Paula da Costa Vasconcelos.
O sino toca para anunciar quando uma missa vai começar e também há badaladas diferentes para anunciar algum acontecimento importante para a Igreja Católica.
Em 8 de dezembro de 2022, os sinos comemoram 64 anos de sua fabricação e instalação na torre da Igreja Matriz de Lajes.
| Sino maior da Igreja Matriz - n.º 724 |
FABRICANTE DO SINO
Podemos notar nas informações cravadas em um dos sinos produzido pela indústria de fundição de sinos, IRMÃOS BELLINI.
| Anúncio em jornal de 1952. Fonte: Facebook do Maiquel Simonaggio |
Em Garibaldi, Giovanni Bellini iniciava-se uma indústria de fundição de sinos João Bellini, em 1885 e que cresceu rapidamente devido as construções de capelas em toda a região de colonização italiana para chamar os fiéis as celebrações. Ao fundo da fábrica funcionava o negócio de joias, relógios e bijuterias.
A fundição foi crescendo e a fábrica se transferiu para Canoas, facilitando o transporte dos sinos. Em Garibaldi seguiu a joalheria, onde eram produzidas alianças de casamento, anéis e outras joias, tornando-se a mais antiga em funcionamento do Rio Grande do Sul.